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O título da série refere-se a uma expressão que remete a algo como “piorando aquilo que já estava ruim”. Essa é a situação vivida por Walter White, um professor de química que é diagnosticado com câncer e por isso, possuí mais pouco tempo de vida.

Apesar de extremamente inteligente e capaz, ele optou por ser professor, enquanto alguns colegas de faculdade seguiram no mundo dos negócios se tornando grandes empresários da indústria química. Essa escolha de vida, somado ao diagnóstico, o colocam numa situação complicada, pois a eminente morte deixaria a família ainda mais desamparada.

Por sinal, a sobrevivência da família acaba sendo a grande motivação para Walter adentrar no mundo da produção e tráfico de anfetamina. Junto do ex-aluno Jesse Pinkman, que passa mais horas do dia drogado do que sóbrio, eles formam uma inusitada parceria que como o próprio nome da série diz, vai conduzi-los a um panorama rentável, mas nada sólido, transformando radicalmente os cenários na medida em que passos são dados e escolhas são feitas, até se findarem tais escolhas e alternativas.Uma dessas escolhas, é manter segredo perante a família sobre sua nova atividade profissional.

 

Composta pela esposa grávida Sklyer, por Walter Junior, (o filho portador de paralisia cerebral) e ainda a cunhada e seu marido, o policial da divisão antidrogas, Hank, a família de Walter não se difere muito de outras famílias de classe média tipicamente estadunienses. Skyler deixou o trabalho para cuidar da casa e do filho, enquanto Walter se reveza entre o trabalho de professor e o de caixa num lava – rápido.

Tanto a trama, como os personagens, são muito bem escritos e o talento dos atores só trazem ainda mais méritos para a série, uma vez que ela explora muito bem a condição de pessoas ditas “normais”, lidando com situações anormais. As transformações e mudanças de  comportamento de alguns dos personagens são ao mesmo tempo imprevisíveis e óbvias, dadas as circunstâncias e este também é um ponto a se exaltar.

As atuações de Bryan Cranston (Walter White), Aaron Paul (Jesse Pinkman) e de Dean Norris (Hank) reforçam a tese de que a televisão está mesmo vivendo novos tempos, primando em muito pela qualidade daquilo que produz.

A série em si, possuí várias facetas, horas com drama, noutras com tensão e algum suspense, e ainda um espetacular senso de humor que quase sempre surge nas formas mais inesperadas, seja num close que a princípio possa parecer totalmente fora de propósito, ou mesmo quando a câmera passa segundos mostrando apenas as expressões no rosto dos personagens. Esses detalhamento parece ser algo típico do criador da série, Vince Gilligan, que também fez parte da produção de outra série que tinha nos detalhes, uma enorme preocupação, a saudosa Arquivos X. 

 

Breaking Bad está indo para o seu 5º e último ano, e confesso que estou enrolando muito para ver os últimos episódios da quarta temporada apenas por não querer ficar tanto tempo na espera de novos episódios. Se levar em conta então a extinção de alguns sites como o Megauploud, essa minha precaução se torna ainda mais autêntica.No mais, é isso, Breaking Bad é tão boa, mas tão boa, que seria um enorme desperdício não vê-la.

 

trailler: http://www.youtube.com/watch?v=erZqsV5UJpM

 

Um pensamento em “Breaking Bad

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