Acho que já disse que adoro boas histórias, sejam estas reais ou fictícias, e se bem contadas, meu interesse aumenta ainda mais. Quando vi o anúncio da nova série original da HBO, “True Detectives” confesso que me atraí muito mais por fatores como a dupla de atores protagonistas (Woody Harrelson e Matthew McConaughey), pelo climão de filme independente, e é claro, por ser padrão HBO, do que pela história em si, que parecia ser apenas mais um do gênero policial investigativo.
Porém, bastaram três episódios pra ver que a série tem uma história fantástica e que está sendo muito bem conduzida, com seus saltos entre o passado e o presente na vida dos detetives e da investigação de homicídio que colocou os dois trabalhando lado a lado.
Rust Cohle (Matthew McConaughey), é um homem amargurado, triste e sem esperanças desde a morte da filha e o divórcio, é visto pelos colegas policiais como uma espécie de “Spooky Mulder”, devido ao seu jeito introvertido, enquanto Martin Hart (Woody Harrelson), parece ser o avesso, casado, pai de duas filhas, admirado pelos colegas, conservador com relação à família mesmo possuindo uma amante, cristão…
Mesmo contando com o mais velho dos clichês das histórias policiais, onde dois investigadores completamente diferentes se tornam parceiros num novo caso, a série não coloca isso como o fio condutor principal da trama, e sim, como uma pequena alegoria para os ótimos diálogos nos debates entre os dois. Família, religião, vida, rituais, satanismo e principalmente Deus, pautam tais conversas de modo muito bem escrito, proporcionando a nós, telespectadores, reflexões e insights.
A série promete um caso novo a cada nova temporada, e consequentemente, novos elencos. Isso acaba sendo um atrativo a mais para aqueles que não querem se deparar com um novo Lost em termos de enrolação. Um outro atrativo, é essa bela canção de abertura do seriado….